A CHARLATANICE E O PREÇO DO OBSCURANTISMO . Por Ací Campelo . No inicio do governo, em seu segundo mandato, os acontecimentos na área cultural transformaram-se em cenas do mais genuíno teatro do absurdo. E aqui não vai nenhuma depreciação contra o teatro. Nada melhor do que “Esperando Godot”, a genial peça do dramaturgo Samuel Becket, para tentar explicar tanta indefinição e tanto marasmo. Na peça, personagens esperam por outro que nunca chega, na vida real dos artistas e produtores culturais piauienses, espera-se por gestões culturais dignas da classe que nunca chegam. E o que dizer da incomunicabilidade do teatro de Eugene Ionesco? É assim, também, entre o governo e a classe artística: o primeiro tentando esconder a existência da segunda, num total descompasso com a realidade. Mas o problema maior não está em conhecer ou desconhecer, existir ou não existir, o problema está em desvalorizar e espezinhar propositadamente. De inicio, houve a mobilização da classe através do Fórum de