Antunes Filho - diretor teatral "Vem cá: onde é que vocês vão à noite, nos botequins? Vou começar a freqüentar. Estou voltando à sede de brigar", anuncia José Alves Antunes Filho, 75. Quem, dos anos 80 para trás, viu e ouviu o diretor teatral aos gritos em saguões ou platéias, desancando espetáculos que considerava ruins, não estranha os ânimos ressuscitados. Antunes Filho critica o Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo (2002), uma conquista da classe por meio do movimento Arte contra a Barbárie (R$ 7,2 milhões neste ano). Questiona critérios das comissões e fato de grupos serem contemplados mais de uma vez (Oficina, Folias, Engenho, Vertigem, Fraternal, Cemitério de Automóveis, As Graças etc.). "Está virando o teatro dos compadres", diz. O coordenador do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), mantido pelo Sesc-SP, também fala (pouco) de "Antígona", terceira incursão pela tragédia grega. Uma das novidades da montagem, que deve estre